segunda-feira, julho 16, 2007

..:: Na varanda ::..


Tornar-se-ia e tornou-se!
Enfim com asas, agora enrolava-se em dedos...
Tanta indecisão num vôo instável e desajeitado não tiram a beleza da sutileza de sua presença.

E esse vento morno que vem, confidencia segredos de flores.
Tão coloridas e imersas em sua solidão.
Pétalas, dá-las a quem?
A quem caminha com pés e pro céu não olha com medo de afogar-se na imensidão de uma dúvida.

Duvida então se o que voa poderia passar tanto tempo pousado
Que duvidarei se o que está pousado saberia como voar.

E o vento vai soprando, murmurando frases indignas do delicado ouvir de uma borboleta.

Um comentário:

Cláudia I, Vetter disse...

Delicadamente lindo demais...
Essa exuberância quero fazer se tornar minha esperança...

Parabéns pelo gosto de escrita e imagem; sua sensibilidade é secretamente íntima.

;****