sexta-feira, agosto 31, 2007

..Poeira escondida..


"Será que eu sou capaz de enfrentar o teu amor
Que me traz insegurança e verdade demais?
Trouxe flores mortas pra ti"
Pensei o dia todo.
Vi uma coruja,
Tive um sono agitado,
A lua me acordou,
Recusei seu convite
e sonhei com uma maçã.
*
"Bem mais certo do que eu queria acreditar,
Você gosta mesmo de mim.
Se arriscando a me perder assim,
Ao explicar o que eu não quero ouvir."
*
Agora eu começo a ver que os finais são um começo pro que há de mais incerto no futuro,
E isso instiga.
Tem um silêncio entre minha mente e a razão.
De tudo o que ficou, guardo a pureza das primeiras palavras,
Imanifestadas, intocadas por qualquer tipo de decepção ou impressão.
Murchei as cores de tanto usá-las,
Desculpa.
Mas a flor é a mesma!
Só que um pouco cansada...

terça-feira, agosto 28, 2007

( Pra ilustrar o que querem dizer com:
Até as feras dormem)
Aquele silêncio confortante
que chega a mente ao acordar,
livra dos ferozes pesadelos
(que geralmente são uma retrospectiva exagerada e surreal do dia).
Dura tão pouco e é tão essencial.
Tal qual essa pausa,
esse mergulho numa busca por palavras
que aparecem tímidas porém nuas...
Se eu fosse uma palavra
eu tirava a roupa e saia correndo
escandalosa e subversiva,
balançando os cabelos na cara dos que dormem
que hilariamente iam dizer:
-Ela é louca!
-Não senhores, SOU é solta!
Liberte sua mente,
Abra suas asas.
Não durma acordado,
qual a cor de seus sapatos?

sábado, agosto 25, 2007

..Um certo dia incerto..


Lembro de uma rosa tão negra quanto o príncipe que me deu,
Lembro da gélida sensação de distância dentro das palavras aprisionadas naquele dia,
Lembro de como, desesperadas, as pétalas agonizavam exalando seus últimos momentos de beleza em suplício por sua vida tirada a força,
Lembro do metal que tilintava em contato com a madeira naquele abraço frouxo.
(um coração tão mecânico e um outro tão conformado que quase empenou)
E dessas lembranças sobrou nostalgia.
Nada de saudosismos.
A menina caminhou pelo mesmo asfalto e teve uns pensamentos um pouco mais acelerados e confusos, mas com a velha esperança ilusória.
Ela agradeceu, por praxe, imaginando que naquela doçura existia apenas uma certeza: seria a primeira e última vez.
Cavalheirismos assim só ocorrem até o primeiro contato com os primeiros defeitos.
E até que demorou mais do que pensei...!

sábado, agosto 18, 2007

De quantos espinhos receberei corte profundo para alcançar sua flor?
De quantas folhas ameaçarei a paz para chagar a você?
E que galho terei de partir para ter-lhe?
Quando penso ter achado o caminho certo,
Um vento incerto empurra minhas asas para ballets intermináveis,
Noites infindáveis e sonhos perfeitos demais pra desabrocharem junto com os olhos...
Seu jardim foi bem cuidado,
Agora espera que as borboletas venham até você.
Parabéns! Conseguiu grandeza!
E desprezo...

quinta-feira, agosto 16, 2007

:: Mais que entrega ::


Afiem seus dedos,
Sua mente,
Sua intuição.
~
Perguntarão-lhe:
-Pra que insistir nas pessoas?
Transmutar pensamentos em palavras, eternizá-los talvez esperando que o leitor não cometa os mesmos erros, ou possa confortar-se? É inútil.
~
E você responderá...

quinta-feira, agosto 09, 2007

..:: A pontuação e o H ::..


Fica! Volta!
(silêncio)

Ei...Não vá embora!!
(silêncio)

Não sei bem o que sinto, mas...
(silêncio)
Todos os acasos me levam a você!


Fica? Volta?!
(resposta)

Ei não!! Vá embora!
(resposta)

Não. Sei bem o que sinto!
(resposta)

Mas todos os acasos me levam...
(resposta)

Ah...você...
(silêncio)

Mil acasos me levam a perder o senso, o ritmo habitual
Mil acasos me levam a você
No início, no meio ou no final...
Me levam a você de um jeito desigual
(Skank)
Agora sei o que Frejat quis dizer com o início depois do fim...

sexta-feira, agosto 03, 2007

What you know about?


"Nossas meninas estão longe daqui, e de repente eu vi você cair...
Quem vai saber o que vc sentiu? quem vai saber o que vc pensou? quem vai dizer agora o que eu não vi? como explicar pra vc o que eu quis?
Somos soldados, pedindo esmola...
Quem é o inimigo? Quem é você?
Nos defendemos tanto sem saber porquê lutar..."
(Renato Russo - soldados)
Sei tanto sobre mim quanto sobre o mundo,
Lutamos por causas antigas, quase perdidas, sem sentido ou objetivo.
Seguimos leis físicas, mas a química do próprio corpo mal é explicada.
Pedimos piedade a Deuses que desafiamos o tempo todo.
Olhamos nos olhos querendo ver a alma, refletimos sobre a alma querendo ter a resposta nos olhos.
E a boca cala, incendeia, inebria, e a resposta é muda.