terça-feira, junho 30, 2009

..Elegance..

Apagando as pegadas atrás de mim com fogo e água.

Já passei por aqui, mas agora não evidencio meus passos.

A menos que o vento congele, são asas batendo desgovernadas.

Com objetivo, mas sem pistas.

Se apago uma vela, acendo um incenso.

Se fecho a torneira, mergulho no rio.

Se faço de novo, mudo o fim.

Vôo de borboleta derretendo os icebergs que ainda não são.

Fugindo do que um tal de destino prepara.

Existir é fácil demais, por isso vivo.


"As falhas dos homens eternizam-se no bronze, as suas virtudes escrevemos na água"

(William Shakespeare)

"Nunca perca a fé na humanidade, pois ela é como um oceano. Só porque existem algumas gotas de água suja nele, não quer dizer que ele esteja sujo por completo"

(Mahatma Gandhi)

quarta-feira, junho 24, 2009

.2 Much Room.

A menina Alice então viu que era mesmo preciso andar duas vezes mais rápido para sair do lugar.
Era tudo tão imenso e intenso de repente, as flores a convidavam, os cogumelos a desafiavam.
Então um inseto ousou perguntar: Quem és tu?
O conflito foi eminente.
Claro que não importa o caminho quando tanto faz o lugar onde se quer chegar,
Claro que tanto faz a direção se o objetivo pouco importa.
Por isso ela racionalizou,
fez do mundo um aliado, traçou marcas e marcos,
ouviu e proferiu promessas demais.
Os ventos que se virem com essa vibração..
esses sons são amargos demais para alguém com um único vício.
Alguém tem um chocolate?

I Can't explain myself, I'm afraid Sir, because I'm not myself, you see...
Up above the world you fly
(Lewis Carrol)

sexta-feira, junho 12, 2009

.:Irradia:.


Equilíbrio que os céus me impõem;
inteligência e sabedoria, misericórdia e justiça...Esplendor de minha vida.

Desequilíbrio incontrolável que a Terra gira e me entonteia;
vem como prova de que a dor coroa.

A noite veio e levou minhas possibilidades de paz...
noite era quando construímos lembranças que agora atormentam
noite era quando nos despedimos
noite era quando ao som de "Amor, meu grande amor" eu chorei
noite ficou quando soube por letras frias de um computador, que podia ter sido, mas não foi.

E eu, que era tão equilibrada,
me vi entre olhos de luz de uma memória
e olhos verdes cerrados em sonho.
Irradiam nossas crenças, ansejos e indecisões...
Sempre tão iguais e tão desiguais...



terça-feira, junho 02, 2009

A delicada relação entre o que extrapola e o que assiste, virtuoso.
E a ordem dos fatos? Inversa à razão.
Parece que a flor, já nascida, espera o momento do nascer do sol,
e o Sol, mecânico e cíclico, renasce em brilho constante.
Acontece de um dia a flor não estar mais lá, e o Sol renascer mesmo assim.
O natural é seguir em frente, mecânica e ciclicamente.
Mas a percepção da fuga da normalidade é que nos faz SER, sentir e se importar com a falta, com a revolução.
*
Sinto que o frio não está lá fora,
intríseco em mim como nunca,
espera uma palavra de alguém para acalmar essa impressão.
*
Desde el fondo de ti, y arrodillado,
un niño triste, como yo, nos mira.
Por esa vida que árdera en sus venas
tendrían que amarrarse nuestras vidas.
Por esas manos , hijas de tus manos,
tendrían que matar las manos mías.
Por sus ojos abiertos en la tierra.
veré en los tuyos lágrimas un día.
Yo no lo quiero, Amada.
Para que nada nos amarre
que no nos una nada.
Ni la palabra que aromó tu boca,
ni lo que no dijeron las palabras.
Ni la fiesta de amor que no tuvimos,
ni sollozos junto a la ventana.
(Amo el amor de los marineros
que besan y se van.
Dejan una promesa.
No vuelven nunca más.
En cada puerto una mujer espera:
los marineros besan y se van.
Una noche se acuestan con la muerte
en el lecho del mar.
Amo el amor que se reparte
en besos, lecho y pan.
Amor que puede ser eterno
y puede ser fugaz.
Amor que quiere libertarse
para volver amar.
Amor divinizado que se acerca
Amor divinizado que se va.)
Ya no se encantarán mis ojos en tus ojos,
ya que no se endulzará junto a ti mi dolor.
Pero hacia donde vaya llevaré tu miraday
hacia donde camines llevarás mi dolor.
Fui tuyo, fuiste mía.
Qué más? Juntos hicimos
un recodo en la ruta donde el amor pasó.
Fui tuyo, fuiste mía.
Tú serás del que te ame,
del que corte en tu huerto lo que he sembrado yo.
Yo me voy. Estoy triste: pero siempre estoy triste.
Vengo desde tus brazos. No sé hacía dónde voy....
Desde tu corazón me dice adiós un niño.
Farewell Y Sollosos - Pablo Neruda