quarta-feira, janeiro 31, 2007

.. O apanhador de Sonhos ..


O Anjo mais velho

O dia mente a cor da noite,
E o diamante a cor dos olhos.
Os olhos mentem dia e noite a dor da gente.
Enquanto houver você do outro lado,
Aqui do outro eu consigo me orientar.
A cena repete, a cena se inverte
enchendo a minha alma d'aquilo que outrora eu deixei de acreditar...
Tua palavra, tua história, tua verdade fazendo escola,
e tua ausência fazendo silêncio em todo lugar.
Metade de mim, agora é assim;
de um lado a poesia o verbo a saudade;
do outro a luta, a força e a coragem pra chegar no fim.
E o fim é belo incerto...
Depende de como você vê.
O novo, o credo, a fé que você deposita em você e só.
Só enquanto eu respirar,
Vou me lembrar de você ...

Por " O teatro mágico"
[E agora eu anseio como uma criança pelo dia em que finalmente me explicará a frase que nunca imaginei ouvir, o comportamento que nunca imaginei presenciar, e a repercursão digna de cinema americano que espero ter "fim" de cinema inglês...Frio, calculista, do jeito que deve ser.
Desobedeço as diretrizes mais básicas do meu modo de encarar as coisas por você, e agora que não é mais você, pode virar as costas e voltar a dormir, escrevo pro menino de 4 anos que tocou minha campainha há 12 anos atrás...]
"mas percebo agora que o teu sorriso vem diferente, quase parecendo te ferir..."

terça-feira, janeiro 30, 2007

..:: Panos e Pena ::..


Inveja de tal ousadia.
Em panos jorrar emoções
Enquanto uma soprano se esvai em expressão,
Desce com facilidade, sem pena, por entre o pano, um corpo feito para dizer o que todas as palavras de tal melodia não conseguem.
Dedicar-se de corpo e alma à arte... Em panos sustenta a beleza e sutileza de quem se desdobra de pena dos que não podem ser assim como ela: simples, sincera, transparente e feliz.

domingo, janeiro 28, 2007

..:: Inside the Cage ::..


Tem que por na pele pra não esquecer.
Liberdade se conquista,
aos poucos.
Altura se ganha,
Pra acompanhar a moda.
Cor se esconde,
Pra não correr o risco de desarmonizar.
Decolagem contida,
Pra evitar imprevistos.
Traços limitados,
Pra andar na linha, não correr riscos.
Lugar fixo,
vigilância é prevenção.
Ou contradição.
Subversão?
=)

sábado, janeiro 27, 2007

... Prefiro Areia ...


Nem a rotina escapou,
não misturar as coisas é definitivamente uma tarefa difícil.
Tamanha perseguição que a música virou suplício, os livros um documento eterno do que ficava sempre subentendido, nem a chuva escapou; era sua saliva por todos os lugares. O escuro, nem ele! Fechar os olhos é ineficientejá que conforta a projeção do seu rosto em flashs bem elaborados por uma mente condicionada a lhe observar e analisar.
Vidro que sustenta lembranças e desilusões e fundido tem o desesngano da imprecisão da sua imagem agora tão distorcida...

sexta-feira, janeiro 26, 2007

...: Apnéia de sentimento (mal-sucedida) :...


Quando foi que o vento trouxe essa sensação?
Que se dissipa com a velocidade e imprecisão de uma planta rasteira,
E nem dá tempo para as estações agirem sobre ela.
Não importa, as cores sempre vem (no tempo certo).
Tentando tirar o atraso, devasta muros e plantas inerentes a ele,
Insucesso em ambos: cresce deformado e impede o crescimento alheio.
Vale a pena?
A falta de capacidade é um veneno conjunto.
A queda é inevitável para o possuidor, o atrasado é imprescindível para os acompanhantes.
Os místicos não tem esse problema, são superiores a guerras por status.
Por enquanto minha maquiagem de socialismo funciona.
Luta por hierarquia é uma ambição mais falsa que meu descaso a ela.
O muro acaba cedo ou tarde,
Vou subir é beeem devagar.

quinta-feira, janeiro 25, 2007

...::: E assim quem TEM que ser :::...



Números: limitação fácil e prática para desmaterializar sonhos.

E quem se importa com isso?

Vira a cabeça, desafia o corpo, inebria o espectador, e assina um livro de diversões sem limites. Comentários a parte; nesse jogo de provocações quem ganha é o ego, quem se fere é a gravidade e quem perde mesmo é o medo.

quarta-feira, janeiro 24, 2007

. Que eu já não tô nem aí pra essa conversa .


Não desistir dos sonhos não significa não esquecê-los ou não arquivá-los num décimo de neurônio isolado.
Não desistir deles é uma atividade intensa: entre o não se deixar abater por pequenas ações externas e o não se corromper por pequenas modificações internas tão radicais...
Só para contrariar um pouco, enquanto espero desenho em preto e branco o que no sonho ponho todas as cores inventadas. Só de sacanagem, limito numa folha de papel o instrumento de maior utilidade pra futura execução dos planos do planejamento planejante.
Só porque gostei dessa brincadeira, vou passar mais tempo sonhando, só pra ter mais argumento para brigar por mim.
Futuro? Que nada. Questão de oportunidade, como chegar lá nem é tão importante, já sei aonde quero chegar, é só passar a corrente de ar da cor certa...

sexta-feira, janeiro 19, 2007

>> Fora do AR <<


Uma história contada sobre você por suas molduras diárias.
Boa noite, estamos apresentando sua vida numa espetacular produção cuidadosamente montada para lhe usurpar.
Ah, o início... Fabuloso conhecer, apegar-se, amizionar-se e... Danação completa, agora não tem mais jeito! Formado o grupo, as panelas, os complôs e as fofocas é chegada a hora da >>>
primeira série de desastres, que começa quando a doce ilusão de confiança é quebrada, capítulo um: a traição.
O segundo capítulo se baseia na corrida desesperada por explicação, o exercício de dar razões, citar motivos e .... Ser completamente ignorado!!!
O terceiro capítulo é quase o auge! A zombaria, o desprezo, a aflição por um voto de confiança e a descoberta de uma enorme flata de caráter por parte do restante do grupo.
O quarto capítulo: tragédia, descaso e desistência. A moçinha vencida se retrai, o grupo satisfeito parte pra outra, o público arrasado troca de canal e comenta durante o almoço.
Minisérie nova!! Todos pro sofá! Vamos vamos!!

..:: Personificação ::..


E o dia não finda.

Quando personifiquei-lhe, oh nobre sentimento, imaginei luz e sombra, trabalhei com o mais fino pincel na mais sutil estrutura, e fosse tão ingrato.

Havia me esquecido de um detalhe tão importante; não era apenas meu, era agora uma criatura criada para o mundo e dele vítima, reflexo ou malfeitor. Escolhera ser vítima.

Fui aos poucos tomando conhecimento de suas influências, de suas fragilidades perante elas, e de seu pulso pouco rigoroso...Logo eu que amei sua ascensão, vi sua queda abrupta e irreversível (?).

Minha criação era impecável, cabal, única, impassível de erro, indiferente a dor, imune à paixão, serena e apenas uma criação. Personificação imatura que sofria agora um efeito placebo.

Foi minha ânsia por tê-lo conservado na cúpula de vidro que cuidadosamente desenhei com tinta invisível em sua essência? Foi minha angústia por vê-la se despedaçar num mundo paralelo ao meu que infiltrou-se na sua vida também em um universo paralelo de tempo? Foi minha aflição a não ter forçar suficientes pra lhe trazer de volta ao cenário inicial?

Egoísmo ou apenas desilusão, tanto faz, a frivolidade do cinza profetizava uma brusca mudança de planos. Mas nunca é tarde pra colorir uma imagem, e a sua está apenas esperando a invenção das cores certas.

"Já não sei dizer se ainda sei sentir. Meu coração já não me pertence, já não quer mais obedecer, parece agora estar tão cansado quanto eu. Até pensei que era mais por não saber se ainda sou capaz de acreditar... Me sinto tão só, e dizem que a solidão até que me cai bem. (...) Se meu desejo então já se realizou, o que fazer depois, pra onde é que eu vou?"

quarta-feira, janeiro 17, 2007

. So close and too far .


There is a wall between us . While I try so hard to make myself huge and recognized, you put all your efforts on just trying to be yourself... And before that you were my hero,
Before that you were the strenght that kept me trusting in love,
Before that you were the perfect landscape for my dreams,
Before that I was so in that you could say anything and I wouldn't care.


Now I see how important the changes are,
Now I see that all your shine has gone away,
And I am totally alone with this feeling now.

The ilusion left me here, without your voice, face or even memory .
The only thing that bothers me is : how can a person change that much in such a little time? How could this change be more painful for me?

Fucking society: could you PLEASE give me back the one I fell in love for?!



terça-feira, janeiro 16, 2007

... O pequeno Erro ...


"Foi o tempo que dediscates à tua rosa que fizestes dela tão importante." - Antoine De Saint-Exupéry

Sinta o vermelho, sinta o cinza, aprecie o erro.
Dicromática e apática, essa rosa é como aqueles dias em que pensamos ter segurança; doce ilusão e desventura de um alguém que ainda crê nas pessoas.
Vou crer até o fim; bem como a frieza das grades por trás dessa rosa, essa rosa me cativou e me cativei pela diferença de personalidades.
Foi o tempo que dediquei analisando as pessoas que as fizeram tão essenciais para mim.
E não me importo de trompar com muros denovo.

sábado, janeiro 06, 2007

...:: Confusão, distorção, ilusão ::...


Todas as cores estampadas nesse seu olhar...
Já não sei se perdia tempo ou se perdia a razão tentando desvendá-las.
Se vermelho, por que tão sereno?
Se azul, por que tão determinado?
Essa troca de olhares (os meus e os seus, ou apenas os seus com você mesmo) tão desnecessária, queria dizer tanto em tão pouco tempo, e disse quase nada em tantas palavras...
"Mais uma vítima". Como saber agora se a vítima em questão é aquela selecionada ou a que os ventos trouxeram em bom momento? E como saber ainda (se a paixão distiguir fantasia da realidade) se mais é excesso ou empolgação?
I think it would be nice to lose control... just once..."

quarta-feira, janeiro 03, 2007

> Tão certo quanto o calor do Fogo <


Você repousava ali, intocável.

Um anjo em panos coloridos de pura maquiagem...

Quem é você? Quem foi você esse tempo todo?

Eu quis chegar mais perto, preferi recuar. Talvez você nem saiba que estive aí, talvez você nunca perceba que foi mais que uma visão. Talvez você nunca entenda que naquele dia meu presente era reflexo de um passado longo e esperado....Agora do futuro sei que vai distorcer cada segundo, e já nem me importo, confirmei meus piores (ou melhores receios).

Mais uma vez eu lhe observei calada e você nem desconfiou.

Melhor assim.

terça-feira, janeiro 02, 2007

>> Eu participo do seu jogo <<


Trabalhei você em luz e sombra,
Lhe pus numa cúpula de vidro, e de lá pude ver seus sonhos, seus movimentos, suas palavras e atos. (dos mais coerentes aos mais insensatos)
E defendi todos eles.

Agora numa revisão de sentimentos acorrentei meu receio na personalidade que descobri em você, e nenhum dos dois tem certeza de mais nada.
E nem quero ter.