segunda-feira, janeiro 26, 2009

... A Lua inteira agora é um manto negro ...


As cores que a noite esconde podem ser tantas e tão intensas que transbordam ...
Os círculos que a mente forma podem limitar tanto a visão, 
que deformam os mais belos formatos.
É uma pena dar nome ao impronunciável. 
É uma pena aprisionar a imaginação.
Lua é gota de lágrima condensada. 
Uma gota de cada um, um pouco de cada tipo.
de feliz, de triste, de angustiada, de inconsolável, 
de nervosa, de louca, de incompreendida, de enamorada, de incorrespondida.
O que tem em volta é sonho, é lembrança do que pode ser e não é, 
mas envolve sempre as lágrimas.
Tem um pouco de dor e prazer no chorar.

Posso sim reciclar a palavra. 

terça-feira, janeiro 06, 2009

.:Mesmerized:.

Jean Piter, o anotador (e admirador incansável) do cotidiano me indicou para esse Même (vem de memória? Francês?). Juro que linkaria-no se eu soubesse como fazê-lo...Html é algo complexo...

As regras são:

1 - Linkar a pessoa que te indicou.
2 - Escrever as regras do meme em seu blog.
3 - Contar 6 coisas aleatórias sobre você.
4 - Indicar mais 6 pessoas e colocar os links no final do post. (eles simplismente não consideram a possibilidade de um blogueiro ser um analfabeto estrutural de html!!! Caramba...gostei desse termo....hehehe)
5 - Deixar a pessoa saber que você o indicou com um comentário para ela.
6 - Deixar os indicados saberem quando você publicar seu post.

E lá vamos nós.....
Obedecerei a risca a sétima regra criada por Jean, e quem sabe até o final desse post eu ainda invente uma oitava...Ele gosta de quebrar regras, e eu também adoro fugir do senso comum. Tendo ele desafiado (como essa palavra me instiga!) seus indicados a diferenciarem seus memes, não enumerando-os e abusando de manifestações artísticas diferenciadas. Pode deixar !!!


Subversiva, impulsiva, artística, indecisa, rígida, reticente...
Ah, e adjetivada.
Vejo na subversão a fuga do comum. Comum, para mim, a maior parte das vezes quer dizer banal.
Impulso é necessidade básica de uma apaixonada por adrenalina, novidade, notícia... É, quis ser jornalista. Aliás, como rezam as leis: estou aprendendo a ser. Segundo ano de faculdade (passou tão rápido...). A nostalgia às vezes me toma, e eu tomo um gole de suco de pêssego crendo piamente que isso pode resolver todo e qualquer problema. Quando vem tristeza mordo um chocolate branco. Quando vem fome no meio da tarde, faço um queijo quente (ah, também acredito que certos elementos culinários têm o poder de fazer qualquer coisa ficar boa: queijo, manjericão, leite condensado, castanhas). Não sou gorda, amo esportes, já fui atleta de handebol fissuradíssima, estraguei meu joelho (dou razão ao Bial: cuide bem dos seuss joelhos, você vai precisar deles), faço piada com minha torção até hoje, mas não posso entrar numa quadra de handebol mais...E eis aí uma das poucas coisas que podem me fazer chorar. Faço yoga, medito, acredito no transcedental, sou gnóstica, sou budista, sou uma curiosa sobre o que há entre o céu e a terra e que nossa filosofia não pode perceber.
Fujo do assunto, mudo o tema, esqueço, me perco no meio do caminho. Mudo o caminho. Esquecer já me trouxe problemas, mas eu penso, e ao tentar racionalizar o que passa numa mente total e completamente humana, humanista e pacifista, percebo que não esqueço. Escolho não lembrar.
Eufemizo.
Leio, escrevo, doentiamente (aos olhos dos outros, é claro). Acredito nas pessoas, até quando elas escancaram que não merecem confiança, credibilidade ou esperança. Sou uma boba, amo animais, converso com plantas, adoro cheiro de pata de cachorro, adoro asas, penas, borboletas... Boa música me inebria, entro em transe mesmo. Nasci no ano errado, ou os outros é que estragaram o ano certo? Rock Brasília anos 80 é perfeito, Bossa Nova é sempre nova, música celta, música andina, música clássica, música eletrônica, música de capoeira, música que tem o coração pulsando dentro. Eu canto. Às vezes meu jeito encanta, não gosto. A idéia de depender de alguém ou ter alguém dependende de mim emocionalmente me assusta de tal forma que eu simplesmente fujo dessas situações.
Sou mandona, comigo mesmo sou áspera, com os outros sou uma organizadora, direcionadora de idéias, separadora de conflitos. Me superestismo quando me encaro assim, depois de ter feito. Me subestismo antes de começar a fazer. Planejo muito, ambiciosamente muito, almejo o impossível, acontece comigo sempre o improvável.
Falo demais. Me repito. Adoro línguas, quero conhecer o mundo. Não acredito em certo e errado, mas acredito no yin yang. Sou libriana, prezo a teoria da balança sempre. Gosto de teatro, gostode fingir. Na verdade me protejo, não quero que saibam de mim sem que eu antes saiba quem é que quer saber. Tenho poucas manias. Sou uma semi-comunista. E, nesse ponto, uma hipócrita.
Tenho tatuagens, tenho piercings, detesto moda. Mudo muito, tomo decisões eternas e reversíveis com uma facilidade enorme. Nunca me arrependi. Sou extrema, mas indecisa. Realmente nunca me arrependi?
Eu encaro, olho fundo na alma, bem dentro dos olhos. Dizem que por isso eu intimo. Não minto, mas sei bem quando estão mentindo. Estou aprendendo a calar-me. Me indigno muito fácil, sou revolucionária de mim mesma. Abraço causas sem esperança. Mas eu acredito nas pessoas, lembra? E eu nunca me arrependi. Nunca mesmo.
Eu falo demais. Eu gosto de festa, gosto de gente. Não acredito em leis, só em bom senso. Mergulho profundamente, sem querer me expor, mas explorando o mundo. Depois, quase sem fôlego, volto correndo para debaixo do cobertor. Tenho medo de mim porque me conheço demais. Não tenho medo do acaso porque ele não existe.
E fica incompleto o resto...

Falei demais de novo.
Quebrando mais regras, crio mais uma: não indico mais 6 pessoas para não ter que dar nome aos bois. Gosto do indefinito. Sintam-se a vontade para realizar esse exercício. Faz bem.
Sopros de luz a quem vem...

sexta-feira, janeiro 02, 2009



Não exaltes os homens eminentes.
Para que não surja rivalidade entre o povo.
Não exibas os tesouros raros,
Para que o povo não os ambicione.
Não despertes as cobiças,
Para que as almas não sejam profanadas.
O governo do sábio não desperta paixões,
Mas procura manter o povo na sobriedade,
E dar-lhe as coisas necessárias.
Não oferece erudição,
Mas dá-lhe cultura do coração.
O sábio governa pelo não-agir.
E tudo pernanece em ordem.

Lao Tsé VI a.C.

quinta-feira, janeiro 01, 2009

.: 201 :.

2009, duzentas e uma postagens.
Agradeceria individualmente aos leitores, parceiros, incentivadores, personagens e colaboradores em geral desse espaço, mas não caberia dentro das letras o tamanho da satisfação e gratificação; tampouco a alegria deixaria vocês ouvirem minha festa da alma soprando compreensão.
É cumplicidade e compreensão o que temos aqui, vc lendo, eu me expondo, vc se compadecendo, eu me desmitificando.
Eu conheço um lado de mim que você me mostra e você me mostra um lado seu que você mesmo não conhecia.
2009 vai ser assim, descobritante...
É, descobrível... Passível de descoberta...Interna e externa, tanto faz, o que importa mesmo é cultivar a vontade de continuar explorando...

Embora a literatura não tenha compromisso com a realidade,

A realidade tem compromisso comigo.

às vezes...
Mas só às vezes MESMO.