domingo, agosto 10, 2008


Guantos galhos saem de suas palavras?
Quantos ramos têm seus pensamentos?
Espetam os olhos de quem vê ou seduzem o artista?
E a boca, abriga vermes, insetos, pragas?
Mas se há vertigem do vento de fim de tarde,
se há fluído fluindo de variadas raízes,
se há um chão com minhocas e folhas saídas de si mesmo...
Quem alimenta quem?
É você apenas parte da paisagem?
É você uma sombra esperando o sol se pôr?
É então um desconforto provindo da Lua mal-entendendo?
É alguma coisa, afinal?

4 comentários:

Cláudia I, Vetter disse...

Augusto dos Anjos e a imagem que ví há uns dias.

É o que me lembre, mas o que talvez não me responde.

;**

Tyr Quentalë disse...

Vários.
Dos mais variados possíveis.
Que seduzem.
Que espetam.
Que assombram não pelos vermes, mas pela obscuridade...
Alimentando.
Consumindo.
Sendo parte.
Não sendo.
Uma sombra que cresce.
Uma luz que oscila.
O desconforto que torna-se conforto.
O Tudo.
O Nada.

Jean Piter disse...

Tantas indagaçãos...
Há muito o que se pensar.
Nem sempre temos respostas.

Marcos Seiter disse...

Sabe, guria, as tuas perguntas são as respostas do que a gente é.

Neste mundo há de haver muitas sem respostas.

Beijos e bom domingo!!!


Marcos Seiter