"Derrame-me a natureza sobre a cabeça ardente. O seu sol, a sua chuva, o vento que me acha o cabelo, e o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha. Escravos cardíacos das estrelas, conquistamos todo o mundo antes de nos levantar da cama; mas acordamos e ele é opaco, levantamo-nos e ele é alheio, saímos de casa e ele é a terra inteira mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido." (Fernando Pessoa - Tabacaria)
*
Carregou (além da luz que tanto sopro) os pensamentos.
E todo o encanto, e toda beleza, e toda individualidade.
*
Foi com uma frase que acendera a chama de amor, afeto, carinho e amizade.
Foi com uma frase que apagara.
E o vento levou...
Bem mais que uma história,
Arrastou ilusão por metros de terra batida,
colorindo-a de vermelho morto,
a imaginação já nem resistia.
Ventava tanto naquele dia...
As palavras não suportaram,
O coração chorou,
E a noite despediu-se dançando desajeitada nas memórias que ficaram espalhadas por lá.
"Quando a gente tenta de toda maneira
Dele se guardar,
Sentimento ilhado, morto e amordaçado
Volta a incomodar...
Um dia vestido de saudade viva faz ressuscitar."
8 comentários:
Oi, Laís!
vi vc no blog da Adriana e resolvi dar uma passada pra te cohecer. Depois do que vi aqui, só posso me sentir feliz por ter visitado alguns blogs esta manhã.
Lindo seu espaço. Parabéns.
Beijos
LAÍS minha amiga,
amei seu comentário, brigado!!!
e o vento levou...
espero que não te leve do meu caminho...
beijos
paz
Auíri
Guria,
Essas lembranças que o vento não levou, ácho que não levara mais.
Não aguento esses furacões que surgem, que façam com que eu saia do meu eu.
É bom, mas tudo que é demais, vira ruim.
Mas que creio que essa ventania leve o que fico, assim espero.
Bjos e um bom finde!
Marcos Ster
ADORO SEUS COMENTARIOS!
BOM FINDE!
MARCOS STER
Que lindo aqui, que lindo trecho..
Lembrei do meu pai agora cantando essa música do Fagner.
Amei teu blog; bjinhos!
Gosto muito desse poema de Álvaro de Campos. "...E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha...", gosto muito da maneira como o poeta vê as coisas. Gostei do seu blog. :)
Desfragmentação de peça em peça junta um todo diferente do comum por mil encaixes de novas percepções.
Um alinhamento do vento ao corpo, faz tantas movimentações...
Insandecidamente lúcido!
;***
"Quando a gente tenta, de toda maneira..."
Essa música é linda! Música e letra, né!
Fernando Pessoa, tb é tudo de bom!
E vc, amiga, como sempre, arrasando nos textos.
Adoro visitar seu espaço!
Superbeijo!!!
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