sábado, maio 09, 2009

No Fear


Eram 19h13. Mais um dia saindo tarde do trabalho e aproveitando a brisa noturna ao voltar para casa. Tempo de fazer os 5 minutos necessários virarem 12. Tempo de aproveitar a Lua quase cheia.
Estava escuro e fresco, umas poucas pessoas passavam por mim apressadas, na direção oposta, rumo ao ponto de ônibus.
Não era sua pressa ou distração que me incomodava, mas seus olhos. O medo estampado em rostos jovens, a desconfiança nos rostos mais velhos. Alguns, querendo me espantar ainda mais, olhavam para trás constantemente.
Era medo da liberdade que vivenciavam naquele momento.
Como se não acreditassem que nada lhes acontecia e que, por aqueles minutos de silêncio e paz, a noite era deles, o que acontecia era a respiração e os passos, nada mais.
O medo projetava situações de risco em suas mentes, e a atenção se tornara tensão.
Não era medo da violência ou do roubo, era medo da plenitude. Estar em si mesmo e consigo mesmo assusta. A perfeição daquela noite fazia com que o medo tivesse de ser esforçar mais, e ele conseguia.
"é pela paz que eu não quero seguir, é pela paz que eu não quero seguir admitindo..."

9 comentários:

Anônimo disse...

É curioso como o instinto parece permanecer no ser humano. Esse medo é nada mais que a vontade de sobreviver. Mas algumas vezes esse instinto faz com que algumas pessoas causem medo nos outros; e a elas chamamos de Bandido.

...~

Dani disse...

é verdade, as pessoas parecem andar fugindo, receosas de qualquer movimento. Mal sabem elas que fogem da vida, do admirar uma lua cheia, das conversas sinceras que só acoantecem no contato do olhar...

Eu também gosto muito desse espaço. Mas circunstâncias adversas têm me impedido de aparecer na blogesfera com mais frequencia.

;)

Eduardo Espíndola disse...

imagina, ficar em paz antes de morrer.

pra deixar qualquer um louquinho. =]



=*

Cláudia I, Vetter disse...

de fato a consciencia é a lanterna dos afogados.

;)

Anônimo disse...

E por tantas vezes, as mesmas pessoas culpam tudo por seu estresse, quando fazem questão de cultivá-lo.

Auíri Au disse...

"Hoje eu acordei com medo
Mas não chorei, nem reclamei abrigo
Do escuro, eu via o infinito
Sem presente, passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim
E que não tem fim"

parceira, essa música do ney matogrosso nos faz pensar no medo...
até onde é bom?
Beijos saudosos

Unknown disse...

Fazer poesia numa caminhada de doze minutos no Quartier Latin, Jardim Botânico, Central Park, Montmartre, muita gente pode fazer, talvez até eu, mas na Vila Glória, só a Laís.- Vô.

Unknown disse...

Fizeste eu para 1 poko e pensar, de fato axo q me enquadro no quadro dos q temem, 1 temor do td e do nd, deixamo-nos envolver com a rotina com os relatos d violencia e ficamos refens d nós msm temendo cada olhar...
My litlle bid red roses, q bela poetisa eh deveria ter me dado a prazer d ler seu blog antes...
Qnt a Vila gloria, d fato ñ eh 1 1 paisagem exuberantr + pra qm enxerga além do cinza dos predios antigos encontra algo d peculiar em cada esquina

Anônimo disse...

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