
Fluído tão sutil... Dotado de beleza inimaginável, indescritivel...
Como pode um meio de expressão ser tudo e nada ao mesmo tempo?!
Tudo para quem o sente, nada para quem o escuta.
Assim que os primeiros acordes nos tocam, aguçam a mais profunda sensação para que se revele.
A música nos torna mais humanos, mais reais.
É pura sinestesia, nosso medos se transpassam em vibrações de sons graves de um piano; nossas tristezas no lamentar nostálgico de um violino; nossas alegrias num enérgico bater de banjos; nosso amores no dedilhar de um violão; nossas amizades na batida da mesa eletrônica...
As letras...São apenas palavras, e palavras se perdem em tons, tons que nem ao menos sei classificar, mas que magicamente me envolvem quando me pego sussurrando célebres criações de nem tão célebres autores, cujo grande feito foi lançar-se em meio a essa névoa envolvente que é o som... Se ele se consolida em nossos tímpanos e pára na rápida interpretação de nosso cérebro?
A música é muito mais que isso, ela nos acompanha e nos completa, o que não se diz por olhares, palavras, sons, imagens; diz-se pela sensação que ela provoca em nossa alma, pela presença que ela ganha em nossas vidas mesmo tendo passado apenas por nossos ouvidos em breves instantes...