O que há de mais estranho em você é o que me atrai.
É claro que quero viajar longe, ir para um lugar desconhecido,
com você, sem você, tanto faz.
*
Lendo "o guia do mochileiro das galáxias" intriguei-me com algo do tipo:
se existe um número finito de planetas com vida no universo
e o universo é infinito,
divide-se o número de planetas por infinito alcançamos
um número tão próximo a zero
que a vida torna-se insignificante.
E toda forma de vida passa a ser uma alucinação causada por variados fatores.
Eu não existo, nem você, muito menos a nossa história. Pronto! Tudo resolvido!
*
Tão insignificante quanto as mentiras que invento para fugir das decisões
são as vezes em que olho no relógio e os números estão iguais.
11:11, 12:12 - 00:00, 01:01.
O que isso significa? Que foi uma coincidência, e só.
Você não estava pensando em mim,
apenas eu perdi tempo olhando as horas para acreditar que estava.
E eu estou com sono, por que você não sai e me deixa sonhar em paz de novo?
*
Talvez isso de ser fria, inabalável, impossível...tenha me tornado também estúpida.
Onde já se viu acreditar que é possível se desvencilhar dos descaminhos dos amores impossíveis? impassíveis e intocáveis...
Na verdade era um só amor, o meu pelo não-seu,
sem retorno, sem choro, sem ilusão,
e sem reticências desta vez.
3 comentários:
Um lobisomem juvenil.
;)
Os sentimentos que senti em suas linhas, apenas me fazem buscar os teus olhos e murmurar de modo fraco:
- Estás bem?
Espero que esteja melhor, pois sei o quanto é ruim, sentir a alma desta forma.
belo texto!
quantas reflexões sobre existência e amor! E sem fugir da realidade, embora as metáforas.
beijo pra ti
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